Amanda aceitou a proposta de súbito, mas sentiu o peso da possibilidade de perder o marido em qualquer momento da nova empreitada. O jantar seria pela noite e ela ainda tinha muito o que fazer. Então depois de almoçar deitou o corpo delgado por sobre a cama. E sentiu que a pouco tempo não teria mais o marido ao seu lado. E tampouco sabia por quanto. Deitara apenas para tentar ordenar o impacto da grande chance que Gustavo havia acabado de receber. E ela ainda duvidava se o jantar que ofereceriam seria em graça da felicidade da nova chance ou se também haveria de servir como formal despedida.
Seu corpo suava... De repente todos os planos traçados para um filho pareciam distantes. Ela era jovem ainda e sabia que talvez fosse capaz de esperar, mas não saberia o quanto.
Ergueu o corpo em dúvida quanto ao que vestiria. Mas sabia que desejava não manter o preto clássico e tradicional. "Essa noite não terá resultados comuns, então porque algo tradicional"? Gustavo partiria no tempo máximo de dois dias... "Branco ou marfim?" Dois dias, preparativos para agora, jantar daqui a poucas horas. E ela continua com o tronco ereto em rumo ao comando que manteria sobre seus auxiliares. Amanda não se curvava a dificuldades, e isso era consolo para Gustavo. A força de sua mulher era a dádiva da manutenção de seu espírito.
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